quinta-feira, 17 de junho de 2010

Especial - Santos Juninos

Em Junho, o Blog da Crisma trás um texto especial sobre os três santos mais famosos do mês. 
 
SANTO ANTÔNIO 
Santo Antônio nasceu em Lisboa (Portugal) em 1195. Seu nome de batismo era Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo. Acredita-se que fosse descendente de família nobre, oriunda da França, que no tempo das Cruzadas teria prestado grandes serviços a Afonso VI de Castilha contra os mouros ou tomado parte ativa na reconquista de Lisboa, em poder dos maometanos.
Após breve período como religioso da Ordem dos Cônegos de Santo Agostinho, ingressou, em Coimbra, para a Ordem Franciscana, que o conquistou pelo seu ideal missionário. Ao mudar de Ordem Religiosa mudou também de nome, passando a se chamar Antônio.
Uma vez descoberta sua grande queda pela oratória e sua aptidão para o ensino, São Francisco de Assis, em pessoa, vendo a necessidade de proporcionar aos futuros missionários uma instrução que os colocasse à altura do ministério sagrado, nomeou Antônio para a tarefa. Há que se observar que sua ida para a Itália e sua convivência com São Francisco foram motivadas por causas que seria longo elencar.
O importante é que o Fundador dos Franciscanos, São Francisco, viu em Antônio a pessoa idônea e capaz para o papel de Mestre, nomeando-o “Lector” de Teologia.
Além de excelente pregador, eloqüente e arrebatador, foi também ótimo professor e mestre de Teologia.
O santo tinha sido brindado por Deus com o dom da bilocação. Defendeu, como excelente advogado, seu pai, injustamente condenado à morte, por enforcamento. Em outras ocasiões de sua vida, transportou-se de um lugar para outro, sendo visto contemporaneamente nos dois lugares.
Em Portugal, sua terra natal, e em outros países de língua portuguesa, a devoção ao santo atingiu tal intensidade que era invocado mormente em ocasiões de batalhas e guerras. Com isso, mereceu ser promovido a soldado, intervindo em 1595, e a Capitão internido da Fortaleza da Barra (Salvador-Bahia) pelo governador da época D. Rodrigo da Costa, em 16 de julho de 1705. Dom João V, em carta régia de 7 de abril de 1707, confirma a promoção a capitão internido.
Mais tarde, o príncipe regente, Dom João, futuro rei Dom João VI, por decreto de 13 de setembro de 1810 e carta patente de 4 de fevereiro de 1811 promove o santo ao posto de Sargento-mór, por atribuir à intercessão do santo a proteção celeste recebida, abençoando seus esforços para “salvar a Monarchia da grande e difícil crise” a que esteve exposta, durante as invasões francesas em Portugal.
Finalmente, aos 25 de dezembro de 1814, Dom João, ainda Príncipe Regente, assinou no Palácio da Real Fazenda de Santa Cruz (Rio de Janeiro) um decreto promovendo o Sargento-mór Santo Antônio ao posto de Tenente-Coronel de Infantaria.
Em 22 de outubro de 1816 é expedida a carta patente da promoção do Santo a tenente-coronel já assinada pelo Rei Dom João VI. Ei-la:
“Dom João por graça de Deos Rei do Reino Unido de Portugal e do Brazil, e Algarves d’aquem e d’alem Mar, em Africa Senhor de Guiné e da Conquista, Navegação, Commercio d’Ethiópia, Arabia, Persia e de Índia etc. “Faço Saber aos que esta Minha Carta Patente virem: Que tendo por Decreto de treze de setembro de mil oitocentos e dez concedido a patente de Sargento Mór ao Glorioso Santo António, que se venera na Cidade da Bahia, e a quem o Povo da mesma Cidade Consagra a mais viva Devoção: Sou ora servido elevá-lo ao Posto de Tenente Coronel de Infantaria, cujo soldo lhe será pago na mesma forma que até aqui o tem sido da anterior. Pelo Que mando ao Conde dos Arcos, Governador e Capitão General da dita Capitania, que assim o tenha entendido, e o soldo se lhe assentará nos Livros a que pertencer para lhe ser pago aos seus tempos devidos. Em firmeza do que lhe mandei passar a presente por mim Assignada e Sellada com o Sello Grande de Minhas Armas. Dada na Cidade do Rio de Janeiro aos vinte e dois dias do mez de Outubro do Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos e dezasseis, (a) - El Rey João R.”.
Santo Antônio faleceu em Arcella, nos arredores de Pádua - Itália - numa sexta-feira, dia 13 de junho de 1231.
Sua festa é celebrada aos 13 de junho, data de sua morte.
 
SÃO JOÃO

É dele o papel de destaque no ciclo de festas em junho. Inclusive é em homenagem a São João que se chamam “joaninas” as celebrações realizadas no período. Ele está relacionado com o fogo lendário das fogueiras e sua adoração era tradicional na Península Ibérica, que foi trazida ao Brasil pelos jesuítas.
Primo de Jesus, nascido em 24 de junho, alguns meses antes de Jesus, São João Batista é filho de Isabel, prima de Maria, que anunciou a vinda do Messias e foi chamado de precursor do povo judeu.
Fogueira: Segundo a lenda, Maria e Isabel, grávidas ao mesmo tempo, combinaram que a primeira a ter o bebê avisaria a outra acendendo uma fogueira que pudesse ser avistada, à distância, no deserto da Judéia, onde viviam. Santa Isabel foi a primeira a acender o fogo, quando nasceu João.
Pregador e batista: Antes mesmo de Jesus, João Batista já pregava publicamente às margens do Rio Jordão. Ficou conhecido pela prática de purificação através da imersão na água, o batismo, tendo inclusive batizado o próprio Cristo nas águas desse rio, tornando-se, por isso, uma tradição no cristianismo.
Morte de São João: São João foi preso a mando do Rei Herodes e levado para uma fortaleza onde foi mantido por dez meses até sua morte. Sua prisão é atribuída à liderança de uma revolução, porém sabe-se que a veemência de sua pregação incomodava os poderosos. Atendendo ao pedido de sua enteada Salomé, o monarca mandou degolá-lo e a sua cabeça foi lhe entregue numa bandeja de prata. Depois, foi queimado em uma fogueira numa das festas palacianas de Herodes. Os discípulos de João trataram do sepultamento do seu corpo e de anunciar a sua morte ao seu primo Jesus. Onze séculos depois, na Idade Média, o santo se tornou popular quando os cavaleiros hospitalários e templários – guerreiros cristãos que defendiam Jerusalém dos muçulmanos – o adotaram como patrono.
SÃO PEDRO
(Século I a.C., Betsaida, Galileia – cerca de 67 d. C., Roma) foi um dos doze apóstolos de Jesus Cristo, como está escrito no Novo Testamento e, mais especificamente, nos quatro Evangelhos. São Pedro foi o primeiro Bispo de Roma, sendo por isso o primeiro Papa da Igreja Católica foi crucificado de cabeça para baixo para não trair o seu amigo. Segundo a Bíblia, seu nome original não era Pedro, mas Simão. Nos livros dos Atos dos Apóstolos e na Segunda Epístola de Pedro, aparece ainda uma variante do seu nome original, Simeão. Cristo mudou seu nome para כיפא, Kepha, que em aramaico significa "pedra", "rocha", nome este que foi traduzido para o grego como Πέτρος, Petros, através da palavra πέτρα, petra, que também significa "pedra" ou "rocha", e posteriormente passou para o latim como Petrus, também através da palavra petra, de mesmo significado. A mudança de seu nome por Jesus Cristo, bem como seu significado, ganham importância de acordo com a Igreja Católica em Mt 16, 18, quando Jesus diz: "E eu te declaro: tu és pedra e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão nunca contra ela." Jesus comparava Simão à rocha. Pedro foi o fundador, junto com São Paulo, da Igreja de Roma (a Santa Sé), sendo-lhe concedido o título de Príncipe dos Apóstolos e primeiro Papa. Esse título é um tanto tardio, visto que tal designação só começaria a ser usada cerca de um século mais tarde, suplementando o de Patriarca (agora destinado a outro uso). Pedro foi o primeiro Bispo de Roma. Essa circunstância é importante, pois daí provém à primazia do Papa e da diocese de Roma sobre toda a Igreja Católica; posteriormente esse evento originaria os títulos "Apostólica" e "Romana". São Pedro é segundo as crenças populares o guardião das chaves do céu. Antes de se tornar um dos doze discípulos de Cristo, Simão era pescador.  
É comemorado no dia 29 de junho.
 



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