segunda-feira, 30 de julho de 2012

Que sejas meu universo



No último domingo, dia 29 de julho, aconteceu na Paróquia de Nossa da Conceição, em Galante (PB), o III Momento da Juventude do XVI EJC Catedral com o tema: Que sejas meu universo,  realizado pelos círculos Vermelho e Laranja.  O evento começou com a animação do Ministério de Louvor e Música Restauração, e em seguida o pároco Pe. Isaias Rodrigues, deu as boas vindas a todos os presentes e agradeceu ao EJC da Catedral por levar para Galante aquele momento.
O sociodrama apresentado nos mostrou que muitas vezes têm pessoas que apesar de aparentemente engajadas na Igreja ainda não se entregaram para Cristo, embora seja muito importante esta entrega.
O palestrante convidado foi José Ronaldo, e este começou falando de que é sempre uma alegria ver a Igreja cheia de jovens. Em determinado momento falou um pouco sobre a Bíblia, e que ela é o livro mais vendido do mundo, e que apesar disso ainda é o menos lido e o menos vivenciado.  “Precisamos trazer para a nossa vida o que aprendemos na bíblia”, disse José Roberto.
E continuou o palestrante: partilhou ainda sobre o evangelho de Lucas, a passagem  do “dá tudo que tem, vem e segue-me” e de como é difícil fazermos isto hoje em dia, pois são  muitas as situações que nos impedem de servir mais a Cristo. Lembrou aos que ali estavam que são eles os responsáveis por espalhar esta boa nova, principalmente em suas casas. Enfatizou que o nosso SIM e o nosso NÃO para Cristo possui  consequências. Falou ainda um pouco sobre a Eucaristia, e de como precisamos parar de enxergá-la com olhos carnais e começar a enxergá-la com os olhos do coração.
O testemunho foi dado pela jovem do EJD Giuly, e esta nos mostrou a influência de Deus em nossas conquistas, e que muitas coisas ruins podem acontecer mas Deus continuará ao nosso  lado e devemos sempre permanecer do lado Dele. Abordou também sobre a importância de levarmos a nossa igreja para onde quer que formos, e nos lembrou que muitas vezes nossas ações são o único evangelho que alguns conhecerão. Giuly também conduziu uma bela adoração ao Santíssimo encerrando assim, esta abençoada tarde.




Fotos: Polly Belfort (Pascom Catedral)
Texto: Aurea Ramos Araujo(Pascom Catedral); Cleber Filho 
@CatedralPascom

P.s.: Meus super parabéns aos organizadores do evento em especial ao meu grande amigo Isac Guedes, vocês deram um show!!
E que venha Queimadas!!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

SÃO JOAQUIM E SANTA ANA - 26 DE JULHO



No dia em que celebramos a memória de Santa Ana (a festa da mãe de Maria e avó de Jesus) estamos conscientes da enorme importância dos avós na educação religiosa e moral.
A ausência de Deus no seio de muitas famílias, por muitas vezes, é minimiza da com o empenho, a sabedoria e a fé de muitos avós.
Como dizia João Paulo II: "há culturas que manifestam uma singular veneração e um grande amor pelo ancião; longe de ser distanciado da família ou de ser suportado como um peso inútil, o ancião permanece inserido na vida familiar... e desenvolve a preciosa missão de ser testemunha do passado e inspirador de sabedoria para os jovens e para o futuro".
Os avós podem ajudar a conservar e a transmitir os valores do ESPÍRITO e certamente dar-nos-ão contribuições valiosas para ampliarmos a visão familiar das gerações.


Fonte: Página "Mãe De Jesus, Nossa Mãe" no facebook

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Evangelho segundo São Marcos: capítulo 10


Continuando com a nossa leitura do evangelho de São Marcos, segue agora o capítulo 10.


Marcos: Capítulo 10. 




1.Saindo dali, ele foi para a região da Judéia, além do Jordão. As multidões voltaram a segui-lo pelo caminho e de novo ele pôs-se a ensiná-las, como era seu costume.2.Chegaram os fariseus e perguntaram-lhe, para o pôr à prova, se era permitido ao homem repudiar sua mulher. 3.Ele respondeu-lhes: "Que vos ordenou Moisés?" 4.Eles responderam: "Moisés permitiu escrever carta de divórcio e despedir a mulher."5.Continuou Jesus: "Foi devido à dureza do vosso coração que ele vos deu essa lei; 6.mas, no princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. 7.Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher; 8.e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. 9.Não separe, pois, o homem o que Deus uniu." 10.Em casa, os discípulos fizeram-lhe perguntas sobre o mesmo assunto. 11.E ele disse-lhes: "Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira. 12.E se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério." 13.Apresentaram-lhe então crianças para que as tocasse; mas os discípulos repreendiam os que as apresentavam.14.Vendo-o, Jesus indignou-se e disse-lhes: "Deixai vir a mim os pequequinos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham. 15.Em verdade vos digo: todo o que não receber o Reino de Deus com a mentalidade de uma criança, nele não entrará." 16.Em seguida, ele as abraçou e as abençoou, impondo-lhes as mãos. 17.Tendo ele saído para se pôr a caminho, veio alguém correndo e, dobrando os joelhos diante dele, suplicou-lhe: "Bom Mestre, que farei para alcançara vida eterna?" 18.Jesus disse-lhe: "Por que me chamas bom? Só Deus é bom. 19.Conheces os mandamentos: não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe." 20.Ele respondeu-lhe: "Mestre, tudo isto tenho observado desde a minha mocidade." 21.Jesus fixou nele o olhar, amou-o e disse-lhe: "Uma só coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me. 22.Ele entristeceu-se com estas palavras e foi-se todo abatido, porque possuía muitos bens. 23.E, olhando Jesus em derredor, disse a seus discípulos: "Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os ricos!" 24.Os discípulos ficaram assombrados com suas palavras. Mas Jesus replicou: "Filhinhos, quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que põem a sua confiança nas riquezas! 25.É mais fácil passar o camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar o rico no Reino de Deus." 26.Eles ainda mais se admiravam, dizendo a si próprios: "Quem pode então salvar-se?" 27.Olhando Jesus para eles, disse: "Aos homens isto é impossível, mas não a Deus; pois a Deus tudo é possível. 28.Pedro começou a dizer-lhe: "Eis que deixamos tudo e te seguimos." 29.Respondeu-lhe Jesus. "Em verdade vos digo: ninguém há que tenha deixado casa ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras por causa de mim e por causa do Evangelho 30.que não receba, já neste século, cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e terras, com perseguições e no século vindouro a vida eterna. 31.Muitos dos primeiros serão os últimos, e dos últimos serão os primeiros." 32.Estavam a caminho de Jerusalém e Jesus ia adiante deles. Estavam perturbados e o seguiam com medo. E tomando novamente a si os Doze, começou a predizer-lhes as coisas que lhe haviam de acontecer: 33."Eis que subimos a Jerusalém e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas; condená-lo-ão à morte e entregá-lo-ão aos gentios. 34.Escarnecerão dele, cuspirão nele, açoitá-lo-ão, e hão de matá-lo; mas ao terceiro dia ele ressurgirá. 35.Aproximaram-se de; Jesus Tiago e João, filhos de Zebedeu, e disseram-lhe: "Mestre, queremos que nos concedas tudo o que te pedirmos." 36."Que quereis que vos faça?" 37."Concede-nos que nos sentemos na tua glória, um à tua direita e outro à tua esquerda." 38."Não sabeis o que pedis, retorquiu Jesus. Podeis vós beber o cálice que eu vou beber, ou ser batizados no batismo em que eu vou ser batizado?" 39."Podemos", asseguraram eles. Jesus prosseguiu: "Vós bebereis o cálice que eu devo beber e sereis batizados no batismo em que eu devo ser batizado. 40.Mas, quanto ao assentardes à minha direita ou à minha esquerda, isto não depende de mim: o lugar compete àqueles a quem está destinado." 41.Ouvindo isto, os outros dez começaram a indignar-se contra Tiago e João. 42.Jesus chamou-os e deu-lhes esta lição: "Sabeis que os que são considerados chefes das nações dominam sobre elas e os seus intendentes exercem poder sobre elas. 43.Entre vós, porém, não será assim: todo o que quiser tornar-se grande entre vós, seja o vosso servo; 44.e todo o que entre vós quiser ser o primeiro, seja escravo de todos. 45.Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em redenção por muitos." 46.Chegaram a Jericó. Ao sair dali Jesus, seus discípulos e numerosa multidão, estava sentado à beira do caminho, mendigando, Bartimeu, que era cego, filho de Timeu. 47.Sabendo que era Jesus de Nazaré, começou a gritar: "Jesus, filho de Davi, em compaixão de mim!" 48.Muitos o repreendiam, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais alto: "Filho de Davi, tem compaixão de mim!" 49.Jesus parou e disse: "Chamai-o" Chamaram o cego, dizendo-lhe: "Coragem! Levanta-te, ele te chama." 50.Lançando fora a capa, o cego ergueu-se dum salto e foi ter com ele. 51.Jesus, tomando a palavra, perguntou-lhe: "Que queres que te faça? Rabôni, respondeu-lhe o cego, que eu veja! 52.Jesus disse-lhe: Vai, a tua fé te salvou." No mesmo instante, ele recuperou a vista e foi seguindo Jesus pelo caminho.

domingo, 22 de julho de 2012

Pe. Márcio confere o Sacramento da Confirmação na Catedral de Campina Grande



Na última sexta-feira, 20, aconteceu na Catedral Diocesana de Nossa Senhora, em Campina Grande, a Celebração da Crisma de Adultos que foi presidida pelo nosso Administrador Diocesano Pe. Márcio Henrique. 62 pessoas receberam o Sacramento da Confirmação. A preparação durou aproximadamente quatro meses e contou com 12 encontros sempre as sextas à noite. Os catequistas responsáveis por esta preparação foram Delmo, Warisson, Isana e Aldo.
Na Celebração, a primeira leitura foi retirada do livro do profeta Isaias e falava sobre o Espírito Santo que repousa em nosso corpo.  O salmo de resposta nos trazia a passagem: “O senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma”.
Pe. Márcio em sua homilia falou sobre a importância do sacramento e de que ele é, junto com o Batismo e a Eucaristia, um dos sacramentos da iniciação cristã. Comentou que a catequese que foi feita há muito tempo e que não houve a prática do que foi aprendido da mesma perde a validade. Revelou também que antigamente era mais “decoreba”, decorar orações e regras, e hoje temos uma catequese feita de forma mais dinâmica, onde há o real aprendizado dos valores cristãos. Falou ainda que com o Sacramento da Crisma há uma potencialização dos dons do Espírito Santo. Lembrou que todos recebemos diversos dons dos Espírito Santo, sendo principal o dom da vida.
E continuou Pe. Márcio: “não devemos ser uma pessoa dentro da igreja e outra fora, quem faz isto não é um cristão verdadeiro”. Lembrou ainda que o que é consagrado é para sempre. Após a imposição das mãos, a unção com o óleo, a celebração terminou com algumas palavras do coordenador geral da Crisma Catedral. “Tio Delmo”

Fotos: Cleber Filho
Texto: Aurea Ramos Araujo (Pascom Catedral) e Cleber Filho.



quinta-feira, 19 de julho de 2012

Bateu aquela tristeza? Não se perca em seus sentimentos


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Bateu aquela tristeza?
Não se perca em seus sentimentos

As expressões "estou triste" ou "estou deprimido" parecem tão comuns em nossos dias, mas pouco paramos para pensar no que nos leva a esses “estados de tristeza”. Mais ainda: algumas pessoas pensam tanto nela, que alimentam, eternamente, um sentimento que, usualmente, representaria e expressaria apenas uma fase passageira de sua vida.Situações difíceis e estressantes exigem de nós uma capacidade de adaptação que nos permite voltar a alcançar um estado emocional normal. Pensar naquilo que é positivo é uma forma de superar os momentos de tristeza sem negá-los, mas, também, sem valorizar fortemente tal situação. Buscar atividades sociais, esportivas e de lazer também são formas externas de lidar com este sentimento. 

Estar triste e sentir tristeza são condições psicológicas que fazem parte da vida humana, e não há por que temer vivenciar tal estado. Sentir dor pela perda, viver o luto, terminar um namoro, ter frustrações nas amizades  e experimentar que a vida não é feita só de alegrias é o conjunto dinâmico e equilibrado da vida. Porém, muitas vezes, desenvolvemos respostas emocionais negativas e, a partir delas, tudo se torna uma tristeza constante; ou mesmo criamos nossos filhos deixando-os “protegidos” de qualquer ameaça.




Depressão é muito mais do que uma tristeza, mas esta, se for cultivada e excessivamente valorizada, pode se tornar uma doença. Ficar triste faz parte da vida, não precisa de tratamento e nos permite experimentar o lado bom e o ruim da vida. Muitas pessoas evitam, a todo custo, o sofrimento ou mesmo evitam que as pessoas ao seu redor sofram. Com isto, apenas alimentam uma vida de conto de fadas. O tempo da tristeza é relativo e está bastante relacionado ao tipo de situação que vivemos.

Por outro lado, pense no seguinte: nosso tempo nos coloca um ritmo para que vivamos os processos da vida sem dor, sem sofrimento e com muita rapidez. Não admitir a armagura é um mecanismo de defesa, algo que nos protege, que faz com que evitemos as situações.

O que a tristeza tem para nos ensinar? Nem toda melancolia é depressão, nem tudo é curado com remédios. Encarar as situações negativas com serenidade, observando os fatos e as consequências é muito importante. Quando admitimos que somos parte de um problema, podemos rever nossas atitudes e crescer. Ao fazer o papel de vítima – que pode ser mais confortável e bastante cômodo – não assumimos nossas culpas e “terceirizamos” nossos os problemas. Sempre haverá um culpado, uma situação difícil ou coisa assim. Mas vale lembrar também o quanto algumas pessoas têm uma visão extremamente negativa de si, sem perceber nada de positivo no que fazem, olhando o mundo por um olhar altamente crítico, negativo; apenas valorizando as desolações.
A satisfação é feita de frustrações, de perdas e dores. Evitar o sofrimento é como “negar” uma parte importante da vida e experimentar apenas o imediato, a necessidade urgente de estar melhor, as alegrias de um mundo que cultiva o imediatismo e o prazer de uma vida fácil. Nesta reflexão, faço a você um novo convite: que possamos dar um significado às tristezas da vida sem fugir delas, mas saindo fortalecidos desta batalha, superando as dificuldades do momento, valorizando as experiências e retomando o ciclo normal de nossas vidas. Não há solução fácil, mágica ou imediata, mas é algo possível a partir da nossa iniciativa e nosso empenho, com uma forma diferente de encarar a vida.Elaine Ribeiro

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Evangelho segundo São Marcos: capítulo 9


Continuando com a nossa leitura do evangelho de São Marcos, segue agora o capítulo 9.


Marcos: Capítulo 9.

 1.E dizia-lhes: Em verdade vos digo: dos que aqui se acham, alguns há que não experimentarão a morte, enquanto não virem chegar o Reino de Deus com poder.2.Seis dias depois, Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e João, e conduziu-os a sós a um alto monte. E3.transfigurou-se diante deles. Suas vestes tornaram-se resplandecentes e de uma brancura tal, que nenhum lavadeiro sobre a terra as pode fazer assim tão brancas.4.Apareceram-lhes Elias e Moisés, e falavam com Jesus. 5.Pedro tomou a palavra: Mestre, é bom para nós estarmos aqui; faremos três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias. 6.Com efeito, não sabia o que falava, porque estavam sobremaneira atemorizados. 7.Formou-se então uma nuvem que os encobriu com a sua sombra; e da nuvem veio uma voz: Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o. 8.E olhando eles logo em derredor, já não viram ninguém, senão só a Jesus com eles. 9.Ao descerem do monte, proibiu-lhes Jesus que contassem a quem quer que fosse o que tinham visto, até que o Filho do homem houvesse ressurgido dos mortos. 10.E guardaram esta recomendação consigo, perguntando entre si o que significaria: Ser ressuscitado dentre os mortos. 11.Depois lhe perguntaram: Por que dizem os fariseus e os escribas que primeiro deve voltar Elias? 12.Respondeu-lhes: Elias deve voltar primeiro e restabelecer tudo em ordem. Como então está escrito acerca do Filho do homem que deve padecer muito e ser desprezado? 13.Mas digo-vos que também Elias já voltou e fizeram-lhe sofrer tudo quanto quiseram, como está escrito dele. 14.Depois, aproximando-se dos discípulos, viu ao redor deles grande multidão, e os escribas a discutir com eles. 15.Todo aquele povo, vendo de surpresa Jesus, acorreu a ele para saudá-lo. 16.Ele lhes perguntou: Que estais discutindo com eles? 17.Respondeu um homem dentre a multidão: Mestre, eu te trouxe meu filho, que tem um espírito mudo. 18.Este, onde quer que o apanhe, lança-o por terra e ele espuma, range os dentes e fica endurecido. Roguei a teus discípulos que o expelissem, mas não o puderam. 19.Respondeu-lhes Jesus: Ó geração incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos hei de aturar? Trazei-mo cá! 20.Eles lho trouxeram. Assim que o menino avistou Jesus, o espírito o agitou fortemente. Caiu por terra e revolvia-se espumando. 21.Jesus perguntou ao pai: Há quanto tempo lhe acontece isto? Desde a infância, respondeu-lhe. 22.E o tem lançado muitas vezes ao fogo e à água, para o matar. Se tu, porém, podes alguma coisa, ajuda-nos, compadece-te de nós! 23.Disse-lhe Jesus: Se podes alguma coisa!... Tudo é possível ao que crê. 24.Imediatamente exclamou o pai do menino: Creio! Vem em socorro à minha falta de fé! 25.Vendo Jesus que o povo afluía, intimou o espírito imundo e disse-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: sai deste menino e não tornes a entrar nele. 26.E, gritando e maltratando-o extremamente, saiu. O menino ficou como morto, de modo que muitos diziam: Morreu... 27.Jesus, porém, tomando-o pela mão, ergueu-o e ele levantou-se. 28.Depois de entrar em casa, os seus discípulos perguntaram-lhe em particular: Por que não pudemos nós expeli-lo? 29.Ele disse-lhes: Esta espécie de demônios não se pode expulsar senão pela oração. 30.Tendo partido dali, atravessaram a Galiléia. Não queria, porém, que ninguém o soubesse. 31.E ensinava os seus discípulos: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, e matá-lo-ão; e ressuscitará três dias depois de sua morte. 32.Mas não entendiam estas palavras; e tinham medo de lho perguntar. 33.Em seguida, voltaram para Cafarnaum. Quando já estava em casa, Jesus perguntou-lhes: De que faláveis pelo caminho? 34.Mas eles calaram-se, porque pelo caminho haviam discutido entre si qual deles seria o maior. 35.Sentando-se, chamou os Doze e disse-lhes: Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos. 36.E tomando um menino, colocou-o no meio deles; abraçou-o e disse-lhes: 37.Todo o que recebe um destes meninos em meu nome, a mim é que recebe; e todo o que recebe a mim, não me recebe, mas aquele que me enviou. 38.João disse-lhe: Mestre, vimos alguém, que não nos segue, expulsar demônios em teu nome, e lho proibimos. 39.Jesus, porém, disse-lhe: Não lho proibais, porque não há ninguém que faça um prodígio em meu nome e em seguida possa falar mal de mim. 40.Pois quem não é contra nós, é a nosso favor. 41.E quem vos der de beber um copo de água porque sois de Cristo, digo-vos em verdade: não perderá a sua recompensa. 42.Mas todo o que fizer cair no pecado a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que uma pedra de moinho lhe fosse posta ao pescoço e o lançassem ao mar! 43.Se a tua mão for para ti ocasião de queda, corta-a; melhor te é entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para a geena, para o fogo inextinguível 44.[onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga]. 45.Se o teu pé for para ti ocasião de queda, corta-o fora; melhor te é entrares coxo na vida eterna do que, tendo dois pés, seres lançado à geena do fogo inextinguível 46.[onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga]. 47.Se o teu olho for para ti ocasião de queda, arranca-o; melhor te é entrares com um olho de menos no Reino de Deus do que, tendo dois olhos, seres lançado à geena do fogo,48.onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga.49.Porque todo homem será salgado pelo fogo.50.O sal é uma boa coisa; mas se ele se tornar insípido, com que lhe restituireis o sabor? Tende sal em vós e vivei em paz uns com os outros.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Entre olhares

 Você! Você mesmo. O que está havendo ali? Mais uma vida se esvai…  Quanta gente ao redor querendo, vibrando para salvá-la…  Olho e vejo os homens de branco, homens do céu e do asfalto, focando apenas um alvo: salvar vidas.
Expectadores filmam tudo, os olhos correm para os detalhes da cena que não conseguem dela decifrar o real valor daquilo que de fato acontece por lá. Olhando com a sensibilidade do humano adormecido aparece a pedagogia do cuidar: um homem de branco se debruça sobre ferimentos e unta a ferida, outro ausculta a canção da vida que pulsa no pulso.
Nesse “take”, um clique evangélico bate a minha consciência: descia um homem de Jerusalém… Ou desciam vários homens e que apenas um deles conseguiu aproximar-se com atitude de cuidar de um como aquele que caiu à beira do caminho, socado, assaltado, atropelado, abandonado, etc. por outros de sua raça. Poxa, quanta semelhança com o fato ali a minha frente, embora em épocas tão distintas. Samaritanos hoje? Sim! Ainda resistem, cuidam tal qual uma mãe que diz sim à vida em sua plenitude.
Entre cenas, percebo fundir-se em uma conexão de vida, e vida em abundância, a horizontalidade e verticalidade da vida se espraiando na figura desse homem ali na rua, cercado, olhado, especulado, mas, sendo cuidado.  A inquietude não deixa estar como estar. Pois não basta apenas passar, mas no mínimo se inquietar e, por fim, fazer o que deve ser feito. Sim! No anonimato, sem câmeras, sem aplausos. Um “herói” que parte “invisível” na multidão, é apenas “seu Zé” que deu um toque de celular para o 192. Tão igual, se não fosse sua atitude amorosa. Quem percebeu o detalhe da camisa que vestia ao socorrer o seu próximo? Gentileza gera gentileza.
A vida desperta, a sirene parte rasgando o trânsito e me deixa com a responsabilidade de  fazer o que puder para ser luz que cuida e se cuida. Pois que podemos dar de nós se assim não tivermos? Incluindo pequenas atitudes de amor, que se diluem em sorrisos, olhares carinhosos, abraços, toques… Exercícios!  Ora na era da corpolatria, nada como preencher a alma com atividades gratuitas de afeto, alimentação saudável que evita a morte por inanição de doses infinitas de amor e abstinência de substâncias ou práticas prejudiciais a saúde do corpo e da alma, no cultivo de esforços para viver em paz com os outros e ajudá-los o melhor  possível  na partilha da vida que bem administrada gera mais vida e vida em abundância. Vida essa que Deus nos deu e que saltita como criançinha aonde quer que se vá, enquanto se cuidar.
Aqui estamos nessa avenida, em corpos materiais, vivendo uma experiência espiritual. Ah! O zelo pela nossa vida e a do outro deve nos consumir, reflito enquanto nos afastamos cada um pro seu lado. Nesse ínterim volto para mim e lembro-me de algo que li em um dos ensaios do filósofo Montaigne: Não é para se exibir que nossa alma deve desempenhar seu papel; é para nós e em nós, onde ninguém a vê senão nós mesmos.
Celuy Araujo

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Dia de Nossa Senhora do Carmo


16/07 - Na história da Igreja, a ordem das Carmelitas é uma das mais antigas e tem como modelo e patriarca o Profeta Elias. O culto a Maria, honrada como a Bem-aventurada Virgem do Carmo. Na Sagrada Escritura fala-se da beleza do Monte Carmelo, onde o profeta Elias defendeu a fé do povo de Israel no Deus vivo e verdadeiro. "Em lembrança da visão que mostrou ao profeta a vinda desta Virgem sob a figura de uma pequena nuvem que saía da terra e se dirigia para o Carmelo (Cf.1Rs 18,20-45), os monges, no ano 93 da Encarnação do Filho de Deus, destruíram sua antiga casa e construíram uma capela no monte Carmelo, perto da fonte de Elias, em honra desta primeira Virgem voltada a Deus".

As gerações dos monges se sucederam através dos tempos e expulsos pelos sarracenos no século XIII, os monges que haviam recebido do patriarca de Jerusalém, Santo Alberto, então bispo de Vercelas, uma regra aprovada em 1226 pelo Papa Honório III, baseada no trabalho, na meditação das Escrituras, na devoção a Nossa Senhora, na vida contemplativa e mística, se voltaram ao Ocidente e aí fundaram vários mosteiros, superando várias dificuldades, podendo experimentar a proteção da Virgem. O superior geral nesta época, era São Simão Stock. Quando em suas orações pedia a Nossa Senhora proteção para a ordem dos Carmelitas dos perseguidores, a Mãe de Deus apareceu acompanhada de multidão de anjos, segurando nas mãos o escapulário da ordem e lhe disse: Eis o privilégio que dou a ti e a todos os filhos do Carmelo: todo o que for revestido deste hábito será salvo. Numa bula de 11 de fevereiro de 1950, o Papa Pio XII convidava a "pôr em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o escapulário que está ao alcance de todos", entendido como veste mariana, esse é de fato ótimo símbolo da proteção da Mãe Celeste, o seu valor das orações da Igreja, da confiança e amor dos que o usam.

Oremos: Por intercessão de N.S.do Carmo protegei-nos de todos os perigos e dai-nos a graça de termos uma boa morte, não nos deixeis abandonados ao nosso egoísmo, indiferença, ódio e rancor. Protegei nossas famílias fazendo crescer em nossos corações o amor aos nossos irmãos. Amém.

domingo, 15 de julho de 2012

“Jovens se vocês forem o que devem ser, colocarão fogo no mundo.”



O mundo precisa ser incendiado pela força do jovem; o mundo precisa ser incendiado pela inteligência do jovem; o mundo precisa ser incendiado pelo sonho do jovem; o mundo precisa ser incendiado pela coragem do jovem; o mundo precisa ser incendiado pela alegria do jovem; o mundo precisa ser incendiado pela sabedoria do jovem; o mundo precisa, sobretudo, ser incendiado pela fé do jovem. A juventude pode sim causar uma grande explosão neste mundo fragilizado.

Haja vista, que nossas igrejas estão cada vez mais sedentas por fiéis, e muita mais sedenta estão pela ausência de jovens que já não participam nas missas, nos grupos de jovens, nos ministérios e pastorais. Pois se formos fazer uma pesquisa de campo, verificaremos que o número de jovens que vivem fora da igreja é superior a 95% se compararmos ao número que participa. É uma matemática que nos entristece, mas não nos enfraquece. O Mundo, para a essa maioria exacerbada de jovens é aparentemente mais acessível, mais lindo, mais atraente.

O que estamos fazendo, além de cobrar e esperar que os jovens um dia tomem a iniciativa de incendiar o mundo com toda a sua força? O que estamos fazendo para mostrar aos jovens que será muito importante que eles coloquem fogo no mundo? Pouco. Sim achamos simplesmente, que os jovens são individualistas, egoístas, rebeldes, esquisitos, violentos, medrosos, tímidos. Por isso, o culpamos por tão mesquinha participação nas comunidades e paróquias.

É hora de ajudá-los! É hora de socorrê-los! A igreja precisa ser mais incisiva; a igreja precisa começar a evangelizar mais os pais, para que os pais evangelizem seus filhos, para que crescem na fé; para que sejam educados visando os bons costumes; para que sejam protagonistas de sua própria história, sem deixar que o mundo com suas idéias prontas e mentirosas o tornem vítimas do ceticismo, da miséria e da violência.

Irmãos, somente o evangelho é a grande vacina contra todos os males que o pecado causa à juventude. Por isso, padres, catequistas, missionários e missionárias, chegou a hora de imunizarmos os jovens. Sejamos otimistas, para que o mundo, tão apagado, seja incendiado pela graça de Deus, seja incendiado pela força da juventude. É preciso nos mostrar apaixonados pelo evangelho, e mostrar-lhes que se sabemos incendiar seus corações de vida e esperança, fora porque fomos imunizados pelo evangelho. Revelemo-nos apaixonados pelo evangelho, e veremos mais jovens pondo fogo nos corações de outros jovens sedentos pelo Espírito santo de Deus, sedentos por vida e dignidade.

Fonte: Catequisar.com

sábado, 14 de julho de 2012

Oração oficial da Jornada Mundial da Juventude


Ó Pai, enviaste o Teu Filho Eterno para salvar o mundo e escolheste homens e mulheres para que, por Ele, com Ele e nele, proclamassem a Boa-nova a todas as nações. Concede as graças necessárias para que brilhe no rosto de todos os jovens a alegria de serem, pela força do Espírito, os evangelizadores de que a Igreja precisa no Terceiro Milênio. 

Ó Cristo, Redentor da Humanidade, Tua imagem de braços abertos no alto do Corcovado acolhe todos os povos. Em Tua oferta pascal, nos conduziste pelo Espírito Santo ao encontro filial com o Pai. Os jovens, que se alimentam da Eucaristia, Te ouvem na Palavra e Te encontram no irmão, necessitam de Tua infinita misericórdia para percorrer os caminhos do mundo como discípulos-missionários da nova evangelização. 


Ó Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho, com o esplendor da Tua Verdade e com o fogo do Teu Amor, envia Tua Luz sobre todos os jovens para que, impulsionados pela Jornada Mundial da Juventude, levem aos quatro cantos do mundo a fé, a esperança e a caridade, tornando-se grandes construtores da cultura da vida e da paz e os protagonistas de um mundo novo. 


Amém !

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A fraternidade exige a caridade

A fraternidade exige caridade. E a caridade manda ensinar os ignorantes e corrigir os que erram. E saiba que a unidade só existe com a Verdade. É impossível unidade sem a verdade

Respeitar os outros não significa ser cúmplice de seus erros ou de seus atos públicos maus. Nosso Senhor, quando chamava os fariseus de hipócritas ou de raças de víboras e filhos do demônio estava acusando-os de seus erros doutrinários e morais para que não enganassem o povo. Por acaso você acusaria Nosso Senhor de faltar com o respeito devido a outros?

Santa Catarina de Siena acusava violentamente os cardeais de seu tempo que viviam amasiados e eram traidores da Igreja, e lhes dizia que não lhes tinha mais respeito porque já não o mereciam. Isso está nas cartas dela, a esses maus Cardeais.

E nunca somos Igreja. Condenamos essa expressão. Dizemos que somos filhos da Igreja Católica, membros indignos dela e não que somos A Igreja. 

E não manifestamos nosso gosto próprio. Defendemos a Verdade.

Amar o próximo exige corrigir seus erros. Conquanto, sejamos salvos pela fé, esta precisa ser acompanhada de boas obras, a fim de que a nossa salvação pessoal seja completada.

Fonte: Catequisar.com

quinta-feira, 12 de julho de 2012

O chamado


A conquista da felicidade faz parte do plano universal da vida humana. Ser feliz é um dom, mas tem que ser fruto de esforço e da prática de um chamado. Não há acepção ou discriminação de pessoas, mesmo que cada uma exerça missão diferente das outras, mas tendo como fim o bem e a dignidade como alvos a ser atingidos.

Responder a um chamado para construir algo é contribuir com o progresso, com o desenvolvimento da cultura, mas isto pode ser dificultado, e até impedido, quando o egoísmo passa fazer parte de nossa identidade humana. Pior ainda quando o bem comum e a partilha não são uma conquista, a coletividade fica fortemente prejudicada e todos passam a sofrer as consequências.

No âmbito cristão, o chamado significa e supõe resposta de amor, de gratuidade e serviço de transformação do mundo em fraternidade e paz. Onde reina a solidariedade, a honestidade e a seriedade na conquista das coisas, o reino da morte e do mal acaba cedendo espaço. O bem, quando honestamente trabalhado, vence o mal e ocasiona vida responsável e saudável.

Na nova cultura, com muita facilidade, corremos o risco das falsas promessas, inclusive dos diversos charlatões prometendo felicidade “barata” em troca de benefícios, iludindo as pessoas. Isto é falsear a resposta ao chamado para o verdadeiro sentido da vida. Aí não transparece o espírito de despojamento, mas de exploração.

Estamos em tempo de preparação para mais uma Jornada Mundial da Juventude, que vai acontecer nos meados do ano que vem. Todos os jovens do Brasil são chamados a um despertar, para usar suas forças e criatividade construindo um país melhor. A juventude tem força transformadora e precisa coloca-la em prática.

O encontro do Papa Bento XVI com os milhares de jovens de todo o mundo, no Rio de Janeiro em 2013, será momento de um grande chamado. O Brasil ainda é jovem, portanto, com uma força capaz de vencer o mal causado por muitas lideranças pouco preocupadas com a dignidade humana e cristã.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba
Fonte: Catequese e Bíblia

"Está chegando a hora do "Bota Fé".



Como a maioria já sabe, a Jornada Mundial da Juventude começará 
no próximo dia 22/07 e culminará com a vinda de SS Papa Bento XVI,
ao Rio de Janeiro em julho de 2013.

Começaremos nossas atividades em nível de Brasil e em nossa Diocese,
no próximo dia 21 de julho, na missa da Juventude, com a bênção dos
símbolos da Jornada (a Cruz e ícone  de Nossa Senhora).
No dia 22/07, haverá uma caminhada e uma mini-maratona saindo do
São Vicente de Paulo, às 08 horas da manhã.

A Paróquia da Catedral (jovens) é responsável pela entrega dos símbolos
na Paróquia de Massaranduba, no dia 22/07.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Oração do jovem


Aqui estou, Senhor, cheio de juventude e de esperança. Sinto em meu corpo e em meu íntimo as forças da vida que me impulsionam para o crescimento e para a plenitude da idade adulta.
Sois vós, ó Pai, que me chamais à existência e me dais uma missão a cumprir neste mundo. Sois vós que me concedeis a graça da fé e alimentais em mim a esperança da salvação. Sois vós que me ofereceis o vosso amor e pedis que eu vos ame, amando a meus irmãos deste mundo.
Ajudai-me, Senhor, para que eu desenvolva e empregue para o bem as energias que tenho em mim. Que eu seja capaz de colaborar para uma sociedade mais fraterna, mais verdadeira e mais justa. Que eu não desanime em minhas falhas, não me deixe arrastar pelos maus exemplos e não perca o ânimo nas decepções.
Concedei que a minha presença e minhas atitudes façam renascer a esperança dos mais velhos e contribuam para levantar os que fracassaram. Que eu conserve a coragem de ajudar e não caia nunca nas garras do egoísmo.
Que o amor que sinto nascer em mim não se apague e que meu coração esteja sempre aberto para vós e para todos.
Iluminai-me com vossa Sabedoria, para que eu saiba distinguir entre o bem e o mal, a verdade e o erro, o que edifica e o que destrói. Dai-me docilidade para respeitar e ouvir os que têm mais experiência, principalmente meus pais e aqueles que são responsáveis pela minha formação.
Que estes chamados para a verdade e para a justiça, que ressoam em meu interior, se concretizem pela adesão consciente à Igreja.
Dai-me o Espírito Santo, para que, com os outros jovens, a exemplo de Jesus Cristo, eu me transforme em sangue novo para perpetuar a salvação. Assim seja.

MANUAL DO DEVOTO 

DE NOSSA SENHORA APARECIDA 
MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS 
Editora Santuário.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

NÃO TENHO TEMPO!


Um belo e reflexivo texto de D. Murilo Krieger! Bem oportuno para nós catequistas que, “não temos mais tempo algum”, para nos dedicar a  enriquecer a nossa missão: estudando, planejando, orando em comunidade, partilhando nossas vivências... Tudo está tomado já!

NÃO TENHO TEMPO!

O Eclesiastes é um interessante livro bíblico, do Antigo Testamento. Seu nome vem do grego e significa: o homem da assembléia; aquele que toma a palavra na sinagoga. Escrito em hebraico pelo ano 250 aC, esse livro comprova a influência da cultura grega na Judéia. Um tema atravessa, de modo especial, todos os seus capítulos: a precariedade das ocupações humanas. Tudo é “vaidade”, ou seja, tudo é neblina, fumaça e ilusão. Pessimista? Diria que não. Seu autor, um sábio ancião, quer instruir os jovens a viver com realismo e seriedade. É o que se conclui, por exemplo, com suas observações sobre o desenrolar do tempo: “Tudo tem seu tempo, há um momento oportuno para cada empreendimento debaixo do céu. Tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de colher a planta (...); tempo de chorar e tempo de rir” (Ecle 3, 1-2.4). A partir de suas observações, faço as minhas.

Um dia, quando se escrever um livro sobre o nosso século, talvez se escolha como título: “A época dos homens sem tempo”. Afinal, nenhuma justificativa é tão usada como a da falta de tempo. Ninguém tem tempo. Nem os adultos (no telefone, depois de não ter ido à reunião: “Pois é, infelizmente não tive tempo...”), nem os jovens (ao professor na Faculdade: “Por que ainda não entreguei o trabalho? Tempo, falta de tempo!...”) e até as crianças (à mãe, que pede ao filho para fazer um serviço: “Ah! Mãe, logo agora que não tenho tempo?”).

Alguns não se dedicam a clubes de serviço porque não têm tempo. Outros não visitam seus parentes porque “não se tem mais tempo para nada”. Aquele jovem não estuda, este não trabalha e você nada lê porque lhes falta tempo. “Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas, como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos”, é a irônica observação da Raposa ao Pequeno Príncipe.

A conclusão a que se chega – conclusão óbvia, clara, cristalina – é que há alguma coisa errada. Essa evidência se acentua quando se ouve a desculpa daqueles que cortaram, aos poucos, todo relacionamento com Deus, por um motivo muito simples: não têm tempo! “Gostaria de ir à missa, mas não tenho tempo. Desejaria ler o Evangelho, pensar nos outros, rezar, ser voluntário em algum hospital mas, infelizmente não tenho tempo”. Se o ser humano não tem mais tempo para cultivar sua amizade com o Pai ou para ir em direção a seus irmãos, alguma coisa está mesmo errada. Demos, pois, uma de pesquisador: procuremos o culpado por essa situação insustentável.

Seria Deus? Afinal, foi Ele que deu o tempo ao ser humano. Mas, talvez lhe tenha dado pouco tempo: afinal, há tanto que fazer!... Contudo, convenhamos: seria um absurdo pensar assim. Ele certamente dá aos homens e mulheres o tempo suficiente para que possam fazer o que Ele quer. Mais: Ele só espera de cada pessoa o que ela tem condições de fazer.

O problema da falta de tempo teria como causa o próprio ser humano? (De você, por exemplo?). Afinal, quem consegue realizar tudo o que gostaria? Dada à nossa insatisfação contínua, por mais que alguém aja, fale ou pense, sempre falta pensar, falar ou  fazer alguma coisa. Novos horizontes se abrem diante de cada caminho percorrido. O que fazer, então? (“Fazer mais alguma coisa ainda? Mas eu já disse que não tenho tempo!...”). Abra o Evangelho. Ouça o que Cristo tem a dizer sobre isso: “Marta, Marta, tu te preocupas com muitas coisas. E, contudo, uma só é necessária”. O que seria o essencial na vida, o único necessário? Deve se tratar, sem dúvida, de uma realidade que permaneça sempre, que não passe com o tempo, que continue a existir mesmo após a morte – que é, para cada um, o fim do tempo.

Um dia, um doutor da lei perguntou a Jesus o que era mais importante – isto é, o que é que era essencial e resumia sua doutrina. A resposta do Mestre foi simples: o amor. O amor ao Pai e o amor aos irmãos. O resto, isto é, o que cada um vai fazer, pensar ou dizer,  será uma consequência de seu amor. Ora, se alguém não tem tempo nem para se doar, que pobreza! Talvez fosse melhor não ter recebido tempo algum!...

Dom Murilo S.R. Krieger, scj
Arcebispo de São Salvador da Bahia - BA
Fonte:  Catequese e Bíblia