Todos os domingos vamos à missa para celebrar algo relacionado á vida de Cristo. Cada vez é proclamado um evangelho diferente junto com leituras que parecem não ter nada a ver uma com a outra. Uma hora há flores no presbitério, outras vezes não. Às vezes se canta com entusiasmo e repetidamente o Aleluia, às vezes a celebração transcorre com moderação, sem muita alegria. As celebrações se diferenciam porque as cores mudam: em um domingo usa-se o vermelho, por certo tempo usa-se o roxo, ou o branco ou então o verde. Quais são os motivos disso?
Na Igreja, celebramos a Páscoa durante o ano inteiro, pois ela é o mistério central da nossa salvação. Ao celebrá-la, fazemos memória dos acontecimentos salvadores que Jesus realizou junto com o seu povo. Para recordar esses fatos, a Igreja usa uma linguagem própria: leitura da bíblia variada, cores diferentes, uso ou não de flores, alegria, moderação. É importante perceber que esse tempo da Igreja, chamado Ano Litúrgico, não coincide com o início e o fim do ano civil.
A Igreja, ao longo do ano, celebra os mistérios da vida de Jesus e da Virgem Maria, a qual viveu a vontade do Pai como fiel discípula de seu Filho. Celebra também o mistério da graça que os santos encarnaram e nos dão o grande exemplo de serem testemunhas do Evangelho.
O Ano Litúrgico contribui para reproduzir em nós a vida de Cristo, compre com a necessidade de incorporar os fiéis ao mistério de salvação, reproduzindo neles a imagem do Filho de Deus feito homem.
Ao celebrar os acontecimentos protagonizados por Cristo a Igreja faz memória deles e torna-nos seus contemporâneos.
Assim, vivemos em um contínuo hoje, um tempo novo de graça e de salvação, inaugurado por Cristo, na força do Espírito, e que se faz presente no meio de nós.
A cada ano celebramos os mesmos fatos da vida de Cristo, mas sempre de maneira diferente, pois não somos mais os mesmos, já nos convertemos, tornamo-nos mais próximos de Deus.
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