domingo, 13 de maio de 2012

Minha família, o terço e duas histórias


Oi Crisma Catedral! Para quem ainda não me conhece eu sou Rayanne, e nesta caminhada faço parte do grupo A “Anjos Divinos”, hoje eu lembrei muito de duas situações: uma que minha mãe relata logo abaixo sobre o parto da minha irmã mais nova (Raylly) e a outra que ao término do relato dela eu exponho sobre uma experiência minha; ao pensar percebi que talvez tenha sido um sinal para que o compartilhasse aqui com vocês, tanto por conta de hoje ser “Dia das Mães” nesse sentimento de família que este dia traz quanto pelo tema do nosso próximo encontro (20/05/2012) ser: “O terço”.
Segue primeiramente o testemunho, nas próprias palavras de minha mãe Nice, quando pedi para que ela escrevesse para o blog e ela apenas surpresa o fez:
“Eu desde pequena sempre via minha família rezar o terço em novenas, velórios... E para mim aquela reza repetida não tinha valor algum, eu nunca rezava, sempre participava ouvindo. Um dia minha tia veio de São Paulo e me deu vários terços de presente e eu guardei em casa sem que tivesse valor algum. Quando fui para o hospital dar a luz a minha filha Raylly, na hora de arrumar a bolsa, minha outra filha Renally falou: ‘mainha leva o terço que tia Socorro deu’; eu coloquei em um dos bolsos e tudo bem. Cheguei ao hospital, fiz a cirurgia, mas durante a noite sentia dores muito fortes, eu com minha filha mamando, achei que iria morrer de tamanha dor que sentia (dor na nuca por motivo da anestesia); e pedia a Nossa Senhora para que me ajudasse e não me deixasse morrer, pois precisava cuidar das minhas filhas. Na mesma hora uma enfermeira veio ao quarto e ao entrar no apartamento chutou um terço, olhou para mim e perguntou de quem era e com muita dor, chorando, apenas disse que era meu, peguei pela primeira vez o terço e ao rezar adormeci... Ao acordar no outro dia, o médico veio me ver e falou que eu havia passado muito mal e quase cheguei a falecer durante a noite. Quando chegou a hora do banho ao abrir a bolsa eu encontrei meu terço, fiquei sem acreditar. Logo após a diretora do hospital entra no quarto perguntando se alguém havia retirado o terço da imagem de Nossa Senhora do Bom Parto que se encontrava no corredor do hospital; fiquei sem resposta e só sei explicar como milagre; desde então o terço passou a ter um valor enorme para mim.”
Josenice Carmem (Nice)
Também cresci nesse cenário da família, desde pequena acompanhava as novenas e momentos com o terço, especialmente quando a família se reunia no sítio dos meus bisavós maternos, desde esse acontecido com minha mãe o terço ultrapassou para mim a visão de um repetir de orações, assim como cada oração não é apenas um conjunto de palavras que se é preciso decorar para não ficar sem rezar quando todos sabem acompanhar; é dotado de significados, onde cada palavra deve ser dita com ciência de seus significados.
É nesta ideia da seriedade que o terço me traz que compartilho com vocês também uma situação por mim vivida no ano passado, quando a imagem peregrina de Nossa Senhora da Conceição esteve nas casas da Crisma Catedral, e esteve em minha casa; devido o tempo que tivemos para sua organização e imprevistos poucas pessoas chegaram para este momento, uma delas foi minha avó, e isso trazia muito do cenário em que vivia em família e que há muito não acontecia.
Antes de iniciar o momento do terço minha avó diz: “vamos ver agora se você sabe rezar o terço” e rememoro que duas sensações me passaram - uma de responsabilidade por saber o que isso representava por rezá-lo há tanto tempo em família, e outra que apareceu muito forte em meu coração que foi o de uma ideia do terço como algo automático, decorado; iniciei assim com a sensação de que deveria fazer algo, mas não entendia bem... Quando seria o momento do encerramento do terço lembro-me de abaixar a cabeça e rezar uma Ave Maria a mais; recordo-me quando Victor (do grupo I), que ao meu lado estava, tocou em mim, e eu apenas continuei, prossegui, e ao final partilhei a ideia do que tinha acontecido, do que foi repetido e de que seria para mostrar a importância de cada palavra colocada ali, mesmo percebendo o não entender da minha avó. Ao deitar aquele dia eu passei certo tempo conversando com Ele sobre o que havia ocorrido, de nunca ter me passado isso, mas jamais com sensação de peso. Não sou expert em terço, na verdade me vejo sabendo muito pouco, mas seria algo que não teria como acontecer por ter essa experiência desde criança. Até hoje não sei de onde veio a sensação, só sei que cada vez mais eu reafirmo a importância da seriedade em cada oração, em cada momento com o terço que traz para mim um sentimento imenso de fortaleza.
Acho que por hoje é só! Lembrem, encontro dia 20!

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