quarta-feira, 30 de maio de 2012

Evangelho segundo São Marcos: capítulo 4


Continuando com a nossa leitura do evangelho de São Marcos, segue agora o capítulo 4.

Marcos: Capítulo 4.

 1.Jesus pôs-se novamente a ensinar, à beira do mar, e aglomerou-se junto dele tão grande multidão, que ele teve de entrar numa barca, no mar, e toda a multidão ficou em terra na praia.2.E ensinava-lhes muitas coisas em parábolas. Dizia-lhes na sua doutrina:3.Ouvi: Saiu o semeador a semear. 4.Enquanto lançava a semente, uma parte caiu à beira do caminho, e vieram as aves e a comeram. 5.Outra parte caiu no pedregulho, onde não havia muita terra; o grão germinou logo, porque a terra não era profunda;6.mas, assim que o sol despontou, queimou-se e, como não tivesse raiz, secou. 7.Outra parte caiu entre os espinhos; estes cresceram, sufocaram-na e o grão não deu fruto. 8.Outra caiu em terra boa e deu fruto, cresceu e desenvolveu-se; um grão rendeu trinta, outro sessenta e outro cem.9.E dizia: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça! 10.Quando se acharam a sós, os que o cercavam e os Doze indagaram dele o sentido da parábola. 11.Ele disse-lhes: A vós é revelado o mistério do Reino de Deus, mas aos que são de fora tudo se lhes propõe em parábolas. 12.Desse modo, eles olham sem ver, escutam sem compreender, sem que se convertam e lhes seja perdoado. 13.E acrescentou: Não entendeis essa parábola? Como entendereis então todas as outras? 14.O semeador semeia a palavra. 15.Alguns se encontram à beira do caminho, onde ela é semeada; apenas a ouvem, vem Satanás tirar a palavra neles semeada. 16.Outros recebem a semente em lugares pedregosos; quando a ouvem, recebem-na com alegria;17.mas não têm raiz em si, são inconstantes, e assim que se levanta uma tribulação ou uma perseguição por causa da palavra, eles tropeçam. 18.Outros ainda recebem a semente entre os espinhos; ouvem a palavra,19.mas as preocupações mundanas, a ilusão das riquezas, as múltiplas cobiças sufocam-na e a tornam infrutífera.20.Aqueles que recebem a semente em terra boa escutam a palavra, acolhem-na e dão fruto, trinta, sessenta e cem por um. 21.Dizia-lhes ainda: Traz-se porventura a candeia para ser colocada debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser posta no candeeiro?22.Porque nada há oculto que não deva ser descoberto, nada secreto que não deva ser publicado. 23.Se alguém tem ouvidos para ouvir, que ouça. 24.Ele prosseguiu: Atendei ao que ouvis: com a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e ainda se vos acrescentará. 25.Pois, ao que tem, se lhe dará; e ao que não tem, se lhe tirará até o que tem. 26.Dizia também: O Reino de Deus é como um homem que lança a semente à terra. 27.Dorme, levanta-se, de noite e de dia, e a semente brota e cresce, sem ele o perceber. 28.Pois a terra por si mesma produz, primeiro a planta, depois a espiga e, por último, o grão abundante na espiga. 29.Quando o fruto amadurece, ele mete-lhe a foice, porque é chegada a colheita. 30.Dizia ele: A quem compararemos o Reino de Deus? Ou com que parábola o representaremos? 31.É como o grão de mostarda que, quando é semeado, é a menor de todas as sementes. 32.Mas, depois de semeado, cresce, torna-se maior que todas as hortaliças e estende de tal modo os seus ramos, que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra.33.Era por meio de numerosas parábolas desse gênero que ele lhes anunciava a palavra, conforme eram capazes de compreender. 34.E não lhes falava, a não ser em parábolas; a sós, porém, explicava tudo a seus discípulos.35.À tarde daquele dia, disse-lhes: Passemos para o outro lado. 36.Deixando o povo, levaram-no consigo na barca, assim como ele estava. Outras embarcações o escoltavam. 37.Nisto surgiu uma grande tormenta e lançava as ondas dentro da barca, de modo que ela já se enchia de água. 38.Jesus achava-se na popa, dormindo sobre um travesseiro. Eles acordaram-no e disseram-lhe: Mestre, não te importa que pereçamos? 39.E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Silêncio! Cala-te! E cessou o vento e seguiu-se grande bonança. 40.Ele disse-lhes: Como sois medrosos! Ainda não tendes fé?41.Eles ficaram penetrados de grande temor e cochichavam entre si: Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?

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