domingo, 13 de março de 2011

O perfil do catequista (01/03)

Na última terça-feira (01-03) aconteceu o segundo dia de formação para os novos catequistas de crisma da catedral. O tema escolhido foi: O perfil do catequista.
Edgley, palestrante da formação.
Edgley, o palestrante, abordou das mais variadas maneiras os principais pontos da grande responsabilidade que é ser um catequista de crisma, lembrando não apenas das obrigações, como também a grande alegria que é servir a Deus em uma tão grata missão: evangelizar.
Tudo começa com um questionamento muito simples: "O que é preciso para ser um catequista?". É o que muitos se perguntam quando resolvem partir para a caminhada e se preparar para a missão. Aprendemos que para ser um bom catequista, é preciso estar preparado, em dia com o evangelho, próximos de Deus, vivendo e praticando aquilo que ensinamos, sendo espelho vivo do Espírito Santo... Mas, antes de qualquer coisa, precisamos querer ser esse templo de Deus!
A boa vontade em servir ao reino de Deus é um passo importantíssimo nessa caminhada, mas não se pode esquecer que é apenas o primeiro de muitos outros que estão por vir no decorrer de uma trajetória com eventuais barreiras. Surgirão muitos "amigos", muitas festas, muitos compromissos inadiáveis que tentarão de todas as maneiras nos afastar do caminho de Deus. Temos que estar preparados para isso. Se preparar para ser um bom catequista é fundamental para lidar com os problemas e seguir lutando na caminhada cristã. Não apenas por nós, mas por aqueles que estarão aprendendo conosco. Afinal, como eu posso passar Deus, se não acreditar e confiar plenamente Nele? Esse é o principal intuito das pregações, dos louvores, dos testemunhos: nos deixar prontos para a missão, entendendo a importância do SIM que demos e que renovaremos diariamente. Quanto mais nos aproximamos de Deus, maior é nossa responsabilidade com Ele. Em Matheus 25: 14-30, Jesus nos conta a parábola do senhor e seus talentos, onde, na medida que os empregados recebem e multiplicam os talentos dados pelo senhor, mas talentos lhes são confiados. Assim também somos nós, quando nos é confiado uma missão. Se somos "fiéis no pouco, ele nos confiará mais".
Cada um de nós, filhos de Deus, tem um dom, e esse dom não pode ser guardado ou escondido. Como a própria palavra fala em Matheus 5: 15  "não se acende uma vela  para colocá-la sob a mesa, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro...”. É esse dom que será importantíssimo nessa nova jornada. Será a nossa "ferramenta de trabalho", com a qual louvaremos e glorificaremos a Deus e, quanto mais próximos dele estivermos, mais esse dom vai crescer, mais essa luz vai brilhar e mais pessoas iluminaremos. É esse o dom e a graça que nos faz catequistas de crisma: espalhar a palavra de Deus. Seja falando ou escrevendo, seja tocando ou cantando, seja atuando ou fazendo dinâmicas, temos diferentes maneiras de interagir (cada uma muito pessoal) de tocar o coração dos crismandos para aquilo que o Senhor quer falar.
Mas para ter acesso ao dom, também temos que entender a importância dele. Ser exemplo de cristão não é nada fácil. Nossas atitudes como catequistas estarão sendo provadas a todo momento e em qualquer lugar. Muitas vezes não estaremos preparados para isso, mas enquanto estivermos revestidos da armadura do cristão (efesios 6:10-20) e fortalecidos com fé e oração, não haverá o que temer. Estamos aprendendo a caminhar diariamente, um passo após o outro, com perseverança infinita. As dificuldades virão! Mesmo os que estão caminhando há mais tempo também tem suas quedas, e aqueles que conhecem bem esse caminho muitas vezes tem seus joelhos machucados de tanto cair. Levantar é difícil, seguir é mais difícil ainda, voltar a caminhar depois de um longo tempo parado é complicado, mas com fé, todos chegaremos ao denominador comum: o reino de Deus.
E ao final de uma longa caminhada, sempre temos o gosto da vitória. No dia em que todos recebem o óleo do crisma - a marca visível do sinal invisível de Deus - conscientes da escolha que fizeram, satisfeitos por estarem renovando o sim do batismo, preparados para a caminhada que eles começarão, sentimos também nós a renovação do nosso sim, da nossa fé, da nossa esperança. Nesse momento vemos no "creio" um sorriso que compartilhamos, um sorriso de maturidade na fé que nós ajudamos a construir. Como um muro que foi construído lentamente, com reuniões quinzenais, encontrões e retiros, esclarecendo as dúvidas e dando sugestões, com oração, brincadeiras, conversas sérias. É no final de uma longa caminhada que lembramos (e diversas vezes nos emocionamos) de tudo que enfrentamos e fizemos e que, sem dúvida nenhuma faríamos novamente. A satisfação de uma missão confiada por Deus a nós, cumprida com carinho e cuidado, é insubstituível. E nos torna cada vez mais fortes para receber mais talentos e, mais uma vez, começar uma nova missão.
Em alguns minutos, Edgley nos fez entender o que é ser C.A.T.E.Q.U.I.S.T.A. Temos que "Conhecer", "Autenticar", "Testemunhar", "Expressar", "Questionar", "Unir", "Incentivar", "Ser porta-voz", "Transformar" e "Apresentar aos crismandos os meios para ser um autêntico cristão". Com cada uma dessas letras, seguidas de cada uma das qualidades, seremos, sem dúvida, ótimos catequistas. Não aos olhos dos outros, numa competição sem razão, mas aos olhos de Deus que pede o melhor de nós sempre.

"Muitos são os chamados, mas poucos são escolhidos". Sejamos nós os escolhidos dessa caminhada!

Por: Hélder Vinícius de Morais Siqueira
Familia Tudo Junto e Misturado

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