segunda-feira, 15 de abril de 2013

A falta de fé e a dureza do coração

Jesus Cristo, depois da ressurreição, se deparou com a falta de fé e a dureza de coração dos seus discípulos.
Depois de dois mil anos, a falta de fé e a dureza de coração ainda continua a ser uma das grandes barreiras para uma experiência com Jesus Cristo vivo e ressuscitado e para o anúncio do Evangelho. Depois da ressurreição, Jesus Cristo apareceu aos seus discípulos, mas estes não acreditaram que Ele está vivo. Desde o início, Ele se deparou com a falta de fé e a dureza de nosso coração deles. Mas, Cristo insistiu, apareceu novamente, disse aos seus discípulos e continua a nos dizer a cada um de nós: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16, 15). Porém, Jesus também disse aos seus e diz a nós que esperemos para receber a força do Espírito Santo. Pois, a Palavra de Deus se torna viva e eficaz pela ação do Espírito, que nos impele, nos conduz cada vez mais para sermos testemunhas de Jesus Cristo. Os primeiros discípulos, depois do Pentecostes (cf. At 2, 14) começaram a anunciar que Cristo está vivo e a realizar milagres e prodígios.
Jesus ressuscitou apareceu primeiro a Maria Madalena que, em obediência a Ele, foi anunciar aos discípulos que Ele está vivo, mas estes não quiseram acreditar (cf. Mc 16, 9-11). Depois, Cristo apareceu a dois deles, quando iam para o campo. Eles voltaram a anunciaram aos outros, mas também não acreditaram que Jesus havia ressuscitado (cf. Mc 16, 12-13). Na terceira vez, Jesus apareceu aos onze discípulos e chamou a atenção deles por causa da sua falta de fé e pela dureza de seu coração, pois não tinham acreditado naqueles que O tinham visto ressuscitado (cf. Mc 16, 14). Hoje, talvez a falta de fé e a dureza do coração impeçam que acreditemos em Jesus vivo em nosso meio. Pode ser também que anunciamos Jesus Cristo vivo, ressuscitado, mas estamos nos deparando com a falta de fé e com a dureza do coração daqueles que recebem o anúncio.
Essa falta de fé e essa dureza do coração pode fazer com que não acreditemos que Jesus Cristo está vivo e nos impedir de anunciar esta verdade. Pode ainda fazer com que queiramos impedir os outros de pregar o Evangelho. Foi isto que aconteceu com os chefes dos sacerdotes, os anciãos e os escribas. Estes proibiram os discípulos de falar no nome de Jesus (cf. At 4, 18). Porém, movidos pelo Espírito, Pedro e João responderam: “Julgai vós mesmos, se é justo diante de Deus que obedeçamos a vós e não a Deus! Quanto a nós, não nos podemos calar sobre o que vimos e ouvimos” (cf. At 4, 19-20). Como os discípulos, não podemos nos calar, mas ao contrário, precisamos ser obedientes a Jesus e anunciar o Evangelho a toda criatura (cf. Mc 16, 15).
Jesus nos envia ao mundo para anunciar o Evangelho, mas antes, Ele nos pede que esperemos para receber a força do alto: “esperai a realização da promessa do Pai, da qual me ouvistes falar, quando eu disse: ‘João batizou com água; vós, porém, dentro de poucos dias sereis batizados com o Espírito Santo’” (cf. At 1, 4b-5). Sem esta força, que vem do Espírito, somos fracos na fé, duros de coração, mas depois de receber a força do Alto, falaremos com segurança, ainda que sejamos pessoas simples e sem instrução como Pedro e João (cf. At 4, 13), que eram pescadores. Ainda que este Pentecostes já tenha acontecido em nossas vidas, precisamos renová-lo a cada dia numa comunhão de vida e oração, juntamente com a Virgem Maria, Mãe de Jesus (cf. At 1, 14).
Assim, para vencermos a nossa falta de fé e a dureza de nosso coração, e anunciar o Evangelho a toda criatura, nos deixemos conduzir pelo Espírito Santo. Nos unamos em oração no cenáculo, com a Virgem Maria, para pedir um novo Pentecostes em nossas vidas. Revestidos da força do Alto, do Espírito do Pai e do Filho, anunciaremos com fé e com amor, que Jesus Cristo está vivo, na esperança de que estejamos com Ele um dia no Reino dos Céus.

Fonte: Blog Canção Nova

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