quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Meu diário espiritual – Parte I (A introdução)

E aqui eu começo a compartilhar com vocês aquela ideia de Diário Espiritual, lembram?
Surgiu de um encontro de Catequistas que participei, na verdade de reuniões posteriores a ele... A ideia era de uma paróquia que colocou em pratica um espaço de formação bíblica, onde cada catequista traria suas impressões de determinada leitura que era posta na semana, e criavam assim seu diário, naquela ideia de interpretações que a gente faz mesmo e eram compartilhadas nos encontros.
E eu comecei o meu, minimamente, sem frequência de semana, sem leituras fixas, apenas acompanhando a própria ordem bíblica, iniciando por Gênesis. E para começar a falar preciso dizer que normalmente leio pela Edição Pastoral, nessas coisas de um mesmo contexto e historia com palavras diferentes; nesta edição, antes do livro de Gênesis nós podemos encontrar um texto sobre a leitura da Bíblia e um poema de Tagore (Poeta e filósofo indiano; o primeiro escritor hindu a receber o Prêmio Nobel de Literatura, vale a pena ver mais:).
Com isso falo primeiro desse manual de vida, que é a Bíblia, antes de mergulhar nessas palavras e visões humanas que são os versículos desta Sagrada Escritura. Os versos de Tagore dizem assim:  

Aqui é o estrado para teus pés,
Que repousam aqui, onde vivem os mais pobres
Mais humildes e perdidos.
Quando tento inclinar-me diante de ti,
A minha reverencia não consegue alcançar
A profundidade onde teus pés repousavam,
Entre os mais pobres, mais humildes e perdidos.
O orgulho nunca pode aproximar-se desse lugar
Onde caminhas com a roupa do miserável
Entre os mais pobres humildes e perdidos.
O meu coração jamais pode encontrar
O caminho onde fazes companhia ao que não tem companheiro,
Entre os mais pobres, humildes e pedidos.

É nesta ideia de estrado que faço este livro tão importante na minha vida, não só pela importância que é posta quando se fala de religião, mas de sentir a âncora que ela representa. Quando falei de interpretações acima, falava não só das minhas, mas também desses interpretes do que Deus é aqui onde vivem os mais pobres, mais humildes e perdidos, sendo inseridos nestas leituras; pedindo a sabedoria necessária para entender com clareza o que eles dizem em nome desse meu querido Pai Maior.
Pois já reforço que serão reflexões minhas, que claro tem muito do que vivo e do que sou, a ideia é juntar com o que você pensa mesmo, te aguardo por aqui. Encerro assim esse primeiro delinear de diário com as palavras da Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina no Concílio Vaticano II, postas no texo “A leitura da Bíblia” na edição pastoral:
“Deus na Sagrada Escritura falou através dos homens e de modo humano... As palavras de Deus, expressa por línguas humanas, se fizeram semelhantes à linguagem humana, tal como outrora o Verbo do Pai eterno, havendo assumido a carne da fraqueza humana, se fez semelhante aos homens.” 
(DV 12.13)

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