Identificamo-nos

Às vezes eu me perguntava como identificamos um Católico Apostólico Romano, diante de mais de seis bilhões de pessoas em todo mundo? Eu fiquei observando, em todos os gestos e referências respeitosas, e não consegui encontrar nada que me permitisse identificar uma pessoa em qualquer parte do mundo, como sendo um Católico Apostólico Romano.

Passou uma semana e a idéia de identificar um católico não saia da minha cabeça, até que no ônibus, voltando para casa, passando em frente à Catedral, eu fiz costumeiramente o sinal da Santa Cruz sobre meu corpo. Cheguei em casa e comecei a pensar, será que os católicos das outras partes do mundo também fazem o sinal da cruz ao passar em frente a uma igreja?

Talvez eu nunca encontre uma resposta definitiva para esta pergunta, pois a generalidade de falar de TODOS os católicos do mundo, dentro de uma multidão de fieis cerca de 1.166 bilhão, segundo o Anuário Estatístico da Igreja, é muito forte, mas se não são todos os que fazem, acredito que uma grande maioria faz o sinal da cruz, seja ao passar na frente, seja ao entrar na igreja.

 Contudo, o bonito dessa história toda, não é simplesmente fazer o gesto em si, mas sim meditar o Sinal da Santa Cruz, quando dizemos; “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém!”, e meditando que em nome de DEUS todo poderoso, criador do mundo e todas as coisas, pai de Cristo Jesus, em nome do seu Filho, que morreu por nós em uma Cruz e em nome do Santo Espírito, que através da Virgem Maria concebeu o Santo Cristo, e que assim seja.

Ao pensar assim, que quando fazemos o gesto do Sinal da Cruz e pronunciamos as palavras, nos identificamos quanto Igreja, mas não só nos identificarmos como também, reafirmamos nossa fé naquilo em que cremos: no Santo Sacrifício, que nossa fé enquanto Católicos iniciou-se a parti desse momento, na Cruz, e por ela devemos respeito toda essa simbologia, significado e verdade, a qual esta sempre nos apresenta.

 E principalmente que reconhecemos, que naquele monte de tijolos e concretos, ali está à morada de Cristo, pois não podemos esquecer, que em toda Igreja, esconde o Sacrário, morada do Corpo de Cristo, como também, que nada vivido por Cristo foi em vão, de modo que ao fazer o sinal sobre nós e ao olhar para Cruz, sempre seja lembrado o motivo, pelo qual Cristo Jesus passou por toda humilhação, a morte e a ressurreição e assim como os pregos marcados na mão e nos pés de Jesus, a Cruz seja marca de nosso comprometimento com Cristo.

"Pai, em tuas mãos entrego meu espírito". (Lucas 23, 46)

Misturado por Thiago Kramer

Família Tudo Junto e Misturado.